Enquanto a União Europeia, o Canadá, o Japão e Estados das Ilhas do Pacífico se unem para propor uma taxa sobre as emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo internacional, o Brasil surge como uma voz ativa nessas discussões, expressando preocupações em relação ao possível impacto econômico para países em desenvolvimento.
Os debates, em andamento na Organização Marítima Internacional (IMO), refletem um esforço global para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir as emissões de CO2 no setor de transporte marítimo, responsável por quase 3% das emissões globais. No entanto, a proposta de uma taxa sobre as emissões enfrenta resistência de países como China, Brasil e Argentina, que temem os impactos negativos sobre suas economias dependentes do comércio marítimo.
Enquanto alguns países propõem uma taxa direta sobre as emissões de CO2, outros, como o Brasil, sugerem alternativas, como um limite global de intensidade de emissões de combustível, com penalidades financeiras apenas em caso de violação. Essas diferentes abordagens refletem as complexidades políticas e econômicas envolvidas nas negociações.
Apesar das divergências, os países continuam buscando um acordo global na IMO para evitar fragmentação do mercado e estabelecer padrões uniformes. O Brasil, juntamente com outros estados membros, está comprometido em encontrar soluções que equilibrem a redução das emissões com o desenvolvimento econômico, destacando a importância de abordagens justas e equitativas no combate às mudanças climáticas.
Fonte: Reuters.