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Preço do Frete Rodoviário Cai em Março: Impacto da Safra e Redução do Diesel Afetam Setor Logístico

Índice de Frete Edenred Repom (IFR) Revela Queda no Preço Médio do Frete em Março

No mês de março, o Índice de Frete Edenred Repom (IFR) revelou uma redução significativa no preço médio do frete por quilômetro rodado, influenciado por diversos fatores, entre eles o atraso na safra de grãos e a tendência de recuo no preço do litro do diesel. Os dados mais recentes indicam uma média nacional de R$ 6,20, representando uma diminuição de 1,4% em comparação com o mês anterior.

Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom, ressaltou que o primeiro trimestre de 2024 encerrou com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Em comparação com março de 2023, a redução chega a impressionantes 22%, quando o valor era de R$ 7,97.

Impacto da Safra de Grãos e Condições Climáticas no Setor

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em colaboração com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) revelou que poucos produtores de soja no estado conseguirão cobrir os custos com a lavoura. Isso se deve, em grande parte, ao atraso na safra de grãos e às condições climáticas desfavoráveis, principalmente no Centro-Oeste, que sofreu com altas temperaturas e estiagem, impactando diretamente o setor agropecuário.

Tendência de Redução no Preço do Diesel

O preço do diesel, componente significativo do custo do frete, também está seguindo uma tendência de redução no país. De acordo com a análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel comum fechou março a R$ 5,96 e o tipo S-10 a R$ 6,07, ambos com uma diminuição de 1% em relação a fevereiro. No acumulado do trimestre, o comportamento do preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais entre recuos e altas.

Vinicios Fernandes ressalta que nos próximos meses, as variações no valor do frete continuarão refletindo o desempenho de setores específicos da economia, principalmente o agronegócio, além de fatores como o preço do combustível, que permanece em defasagem com o mercado internacional.

Fonte: Mundo Logística